Premiado na Berlinale, o filme russo Dovlatov vira peça de propaganda contra o governo Putin
Comédia dramática baseada nas memórias
de um escritor ganhou o Urso de Prata por sua direção de arte
24/05/2018 - 14:56
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Rodrigo Fonseca
Um dos filmes mais elogiados do Festival de Berlim 2018, a comédia dramática russa Dovlatov
anda ganhando holofotes no circuito europeu, por ter se tornado uma
peça de propaganda contra o governo de Vladimir Putin - figura
controversa no cenário político da Europa por apoiar a censura a
antipatizantes de seu governo. Lá, o filme é encarado como um potencial
campeão de bilheteria.
Embora seja ambientado na extinta União Soviética dos anos 1970, o longa-metragem de Alexey German Jr. sobre a obra do escritor Sergei Dovlatov (1941-1990) funciona como metáfora para os conflitos da Rússia de hoje com seu governante. Essa analogia de oposição a Putin aumentou o interesse dos distribuidores. Em Cannes, há uma semana, canais de TV e donos de distribuidoras da Ásia e da América Hispânica se estapeavam pela produção.
Premiado na Berlinale por sua direção de arte e seu figurino, na reconstituição da década de 70, Dovlatov revive as origens do autor de Parque Cultural (1983) e A Mala (1986). O foco do longa são os contratempos encarados por Sergei (Milan Maric) em seus esforços para se firmar na Literatura.
“Filmamos com recursos financeiros limitados diante da exigência de um filme de época. A ideia era reconstruir o histórico de uma nação cuja realidade cultural se conhece pouco”, disse German Jr. “A URSS é um mistério mesmo para nós, russos. Virou folclore por seu socialismo”.
Dovlatov estreia no Brasil até julho.
Embora seja ambientado na extinta União Soviética dos anos 1970, o longa-metragem de Alexey German Jr. sobre a obra do escritor Sergei Dovlatov (1941-1990) funciona como metáfora para os conflitos da Rússia de hoje com seu governante. Essa analogia de oposição a Putin aumentou o interesse dos distribuidores. Em Cannes, há uma semana, canais de TV e donos de distribuidoras da Ásia e da América Hispânica se estapeavam pela produção.
Premiado na Berlinale por sua direção de arte e seu figurino, na reconstituição da década de 70, Dovlatov revive as origens do autor de Parque Cultural (1983) e A Mala (1986). O foco do longa são os contratempos encarados por Sergei (Milan Maric) em seus esforços para se firmar na Literatura.
“Filmamos com recursos financeiros limitados diante da exigência de um filme de época. A ideia era reconstruir o histórico de uma nação cuja realidade cultural se conhece pouco”, disse German Jr. “A URSS é um mistério mesmo para nós, russos. Virou folclore por seu socialismo”.
Dovlatov estreia no Brasil até julho.

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